quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Rima de amor


Ela euforia, ele calmaria
Ambos num solitário caminhar
Ninguém sequer sonharia
Que um dia iriam se encontrar

Ela alegria, ele sorria
De mãos dadas sob o luar
Seus corações em sintonia
Por terem um ao outro para amar

Desde o começo ela sabia
Que com ele queria estar
E ele aos poucos sentia
Que com ela era seu lugar

Agora ela também calmaria
Mas em qualquer lugar
A paixão trás euforia

E um dia saíram pra dançar
Ao som duma bela sinfonia
Num salão circular

Até na fila mercado se via
Que esse amor faz rimar
E eles poesia.

A vida de Sangue&Alma
Dedicado a Wesley de Souza, minha rima de amor

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Pretérito imperfeito


Tenho que ser sincero
Não queria ir embora
Mas me dói te ver sangrando
Jogando os sentimentos fora

Querida eu ainda te amo
Apesar da minha partida
Mas já não havia o que fazer
A esperança já estava perdida

E a chuva que agora cai
Afoga as canções de amor
A alegria sumiu no vento
Só a saudade me acompanhou

E em meu peito reverberam as lembranças
Daqueles momentos que nos fizeram rir
Dos momentos que nos fizeram chorar
E do momento em que precisei partir

Juro que não sou covarde
Como eu queria continuar aí!
Mas confesso, faltou coragem
Eu nem ao menos consegui me despedir

Mas preciso que saibas, querida
Mesmo que as estrelas deixem de brilhar e os céus explodam
Mesmo que não haja mais rimas e eu morra
Todos os meus pensamentos serão teus

A vida de Sangue&Alma et. al
Gabriela Gomes Bastos e Paulo Vitor Vilela Paiva

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Banho de chuva


Ônibus lotado, dia agitado 
Recosto a cabeça dolorida na janela
Suspiro e sinto o vidro gelado
Chuva. Dane-se a cautela!

Dou sinal para descer
Dois quarteirões antes da minha parada
O mês inteiro só vi chover
E hoje me permitirei ficar encharcada

Não me importo que me estrague os papéis
Ou que molhe o cabelo que lavei hoje cedo
E mesmo que na lama afunde meus pés
Só quero que a chuva lave esse medo

Lava, leva e me livra


Mesmo que eu ande por aí com a roupa molhada
E tenha que atravessar tantas poças d’água
E daí se mais tarde eu ficar resfriada?
O importante é lavar essa mágoa


Lava, leva e me livra


E não haverá motivo para fazer drama
Ou mesmo ficar reclamando
Se um carro apressado me atirar lama
O que há de pior a chuva já está lavando

Lava, leva e me livra!



A vida de Sangue&Alma