domingo, 29 de maio de 2011

Teia letal

Tece um mentira como uma aranha tece sua teia, com um gesto faceiro em cada detalhe. Olha nos olhos de tal forma, que convenceria qualquer um dos maiores absurdos, convencería a si própria se necessário.
Em sua astúcia, nunca caiu em contradição. Seu cinismo é tal, que confunde-se com ingenuidade, sua aparência pudica e olhar meigo acobertam uma fera prestes a daer o bote.
É hipócrita em tempo integral, confunde sua vitima e a atrai suavemente para sua armadilha letal. É insaciável, escolhe sua vítima como um artigo de luxo e saboreia cada intante de sua tortura infernal.
Após os instantes de glória, sente-se oca. Todo aquele prazer se transforma em depressão. Então busca um outro lugar para atacar novamente, pois só a caça a mantém viva.

A vida de Sangue&Alma

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pulsos

Ante meus pulsos cortados
Só sinto dor por pensar
Nesses dias torturados
Que me fizeram lastimar

Estando vivo,
De nada sirvo

O sangue já não aquece
A pele já não sente
O coração apenas padece
No martírio evidente

A vida mostra-se hostil
A morte acolhe-me gentil.

Dedicado à Thaís Duarte
A vida de Sangue&Alma

domingo, 22 de maio de 2011

Lady Paradoxo

A comodidade de alguns espinhos fortalece a doce e jovem lady. Não lhe agrada o mórbido nem o mediocre, o diferente a faz sorrir, a poesia alimenta seu espírito, o rock aquece seu sangue e histórias sobrenaturais lhe trazem paz.
Ela é um paradoxo vivo que deslisa em um mundo caótico de teorias vãs, cavalga em sua filosofia às margens da compreenção. É um espírito quente que se alimenta de frio.
Talvez um dia ela encontre seu cavaleiro do corcel negro que fará desabrochar seu coração infantil, fazendo-a esquecer algumas amarguras tolas.

Com tanto nexo quanto a Lady
A vida de Sangue&Alma

Apocalipse

O que há com o mundo? Por que os gardiões o destroem deliberadamente?
As trombetas anunciam a proximidade do apocalipse, os quatro cavleiros chegam sorrateiramente por intermédio dos mais fracos, aqueles distantes de Deus, enganados pela falsa felicidade proporcionada pelo mal.
O mundo sente os reflexos da perdição humana, os selos podem estar sendo rompidos. O que fazer nestes tempos de dor e tristeza? Crer no Senhor. Confialr Nele e seguir Sua palavra, pois esse é o caminho para a salvação.

A vida de Sangue&Alma

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Feu


Se a vida te impuser a dor, aceita-a. Agarra-te a ela, pois ela é o teu bote salva-vidas, e um dia, é ela qume te exaltará e te dará forças para seguir de cabeça erguida.
Durante muito tempo sentirá teu coração em arrapos, na cabeça o peso da falta dos sonhos mais puros e dos sorrisos. A dor dos sentimentos irá dilacerar a tua carne, ofertas tentadoras adoçarão os teus olhos e cederá se fores fraco. Se fores forte, saberás resistir às mais duras tentações e serás digno de melhores ofertas.
Após as provações, haverá várias cicatrizes na tua pele anestesiada pela cólera, os farrapos remendados de um coração que pede vingança e tem sede de carinho, uma alma tão seca quanto as folhas do outono.
Tua vida se resumirá em buscar algo que te ponha acima dos que te humilharam e te fizeram embriagar-se de feu. Quando estiveres no topo, verás todos os que clamaram por tuas lágrimas implorarem teu perdão, e então sentirás o sabor do mel, que se esvairá como água nas mãos abertas, pois já não será suficiente.
Teu coração já não clamará por sangue, mas por um motivo para pulsar. E se não o encontrares, tudo terá sido em vão. Apressa-te em motivá-lo, antes que ele afogue-se no feu.

A vida de Sangue&Alma

domingo, 15 de maio de 2011

Doce ilusão


Te vendo assim de longe
Tenho vergonha de falar
O que no meu peito se esconde
E me faz em ti pensar

Temo que seja ilusão
Não quero mais sofrer
Meu pobre coração
Agora só quer você

Não consigo entender
Como posso gostar assim
De alguém que acabo de conhecer
E que nem olha para mim

A vida de Sangue&Alma