sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Conselho

Certo dia, pensei que só precisava de um abraço, mas alguém fez melhor, me aconselhou:

Oh minha ingênua criança
Não vivas de esperança
Nem esperes que lhe passem a mão na cabeça
Abra os olhos, reflita. Cresça.

Estás sempre em contradição
Chega de tolos sofrimentos,
Respeita teu coração
E põe em ordem teus sentimentos.

A felicidade não virá se não buscares
Pode parecer dificil encontrares
Mas não é impossivel se tentares.


Dedicado ao meu amigo e conselheiro Alexandre, mais conhecido por "tio Dean"

A vida de Sangu&Alma

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A cor



Do seio da nossa terra fomos levados

Para o lugar onde seriamos torturados,

Nossos costumes desrespeitados,

E carne e coração massacrados.


E foram as mãos negras nossas

Que construíram as terras vossas

E nosso pagamento

Foi apenas dor e lamento.


Nem mesmo em liberdade

Somos tratados com igualdade

Por esse povo que, sem pudor,

Discrimina pela cor.


Todo esse desrespeito

Não passa de preconceito.

Caráter e valor

Não se definem pela cor.


A vida de Sangue&Alma

domingo, 30 de outubro de 2011

Até quando?

Quando o ar da madrugada chama por mim
Evidencia a minha solidão
E com um abraço quase sem fim
Maltrata-me com nova ilusão

O vazio transborda em meu coração
Fazendo um fio de vã esperança
Atar em meus olhos um brilho de criança
Para então ser rompido por outra decepção

Até quando?

Por quanto tempo não sei
Apenas sei que viverei
Mesmo sem amor
Até que o Destino ceife minha dor

A vida de Sangue&Alma

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fim



Então é assim?
Esse é o Fim?

Tudo está por um fio.
Seco. Amargo. Frio.
Sem vida, sem cor.
Nem ódio, nem amor.

O corpo é apenas o reflexo
Do meu eu desconexo.

Ceifados os sentimentos,
Sequer me restam sofrimentos!
Uma vida banal
Faz o mórbido letal.

A vida em decadência
De um coração em falência.

Aos poucos morro assim,
Minh'alma está ferida,
Já não suporto a semi-vida.
Rendo-me ao fim.

A vida de Sangue&Alma

sábado, 13 de agosto de 2011

Desencanto


Teus olhos já não me encantam
Nem as palavras me encantam

O teu sorriso
Outrora sereno
Que me tomava o juízo
Mostrou-se veneno

Teu toque acolhedor
Mostrou-se enganador

Roubando minha alma
Com seu falso amor
Perdi minha calma
Quando afogou-me na dor

Teu rosto angelical
Mostrou-se infernal

A vida de Sangue&Alma
e
Andressa S. Alves

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Devaneio




Nesta noite fria
Sob a luz do luar
As estrelas são minha companhia
Até o dia raiar

Nos caminhos difusos
Busco no ânimo
Para estes tempos confusos

Num sóbrio devaneio
Afasto a névoa do enleio
E no momento da alvorada
Minha busca estava encerrada

Meu ânimo é viver
Olhando para a frente
Deixando a vida acontecer

A vida de Sangue&Alma

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mascarado

Seu rosto não conheço
A máscara é sua identidade
O soriso é um adereço
Que me desperta curiosidade

Seus gestos são sutis
E as palavras gentis
Mas só me encara
Quando o rosto mascara
Não sei o que é verdade
Ou o que acredito pro ingenuidade

Meu cavaleiro amado
Jamais esqueceirei os momentos
Que contigo passei
Meu doce mascarado

A vida de Sangue&Alma

domingo, 29 de maio de 2011

Teia letal

Tece um mentira como uma aranha tece sua teia, com um gesto faceiro em cada detalhe. Olha nos olhos de tal forma, que convenceria qualquer um dos maiores absurdos, convencería a si própria se necessário.
Em sua astúcia, nunca caiu em contradição. Seu cinismo é tal, que confunde-se com ingenuidade, sua aparência pudica e olhar meigo acobertam uma fera prestes a daer o bote.
É hipócrita em tempo integral, confunde sua vitima e a atrai suavemente para sua armadilha letal. É insaciável, escolhe sua vítima como um artigo de luxo e saboreia cada intante de sua tortura infernal.
Após os instantes de glória, sente-se oca. Todo aquele prazer se transforma em depressão. Então busca um outro lugar para atacar novamente, pois só a caça a mantém viva.

A vida de Sangue&Alma

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pulsos

Ante meus pulsos cortados
Só sinto dor por pensar
Nesses dias torturados
Que me fizeram lastimar

Estando vivo,
De nada sirvo

O sangue já não aquece
A pele já não sente
O coração apenas padece
No martírio evidente

A vida mostra-se hostil
A morte acolhe-me gentil.

Dedicado à Thaís Duarte
A vida de Sangue&Alma

domingo, 22 de maio de 2011

Lady Paradoxo

A comodidade de alguns espinhos fortalece a doce e jovem lady. Não lhe agrada o mórbido nem o mediocre, o diferente a faz sorrir, a poesia alimenta seu espírito, o rock aquece seu sangue e histórias sobrenaturais lhe trazem paz.
Ela é um paradoxo vivo que deslisa em um mundo caótico de teorias vãs, cavalga em sua filosofia às margens da compreenção. É um espírito quente que se alimenta de frio.
Talvez um dia ela encontre seu cavaleiro do corcel negro que fará desabrochar seu coração infantil, fazendo-a esquecer algumas amarguras tolas.

Com tanto nexo quanto a Lady
A vida de Sangue&Alma

Apocalipse

O que há com o mundo? Por que os gardiões o destroem deliberadamente?
As trombetas anunciam a proximidade do apocalipse, os quatro cavleiros chegam sorrateiramente por intermédio dos mais fracos, aqueles distantes de Deus, enganados pela falsa felicidade proporcionada pelo mal.
O mundo sente os reflexos da perdição humana, os selos podem estar sendo rompidos. O que fazer nestes tempos de dor e tristeza? Crer no Senhor. Confialr Nele e seguir Sua palavra, pois esse é o caminho para a salvação.

A vida de Sangue&Alma

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Feu


Se a vida te impuser a dor, aceita-a. Agarra-te a ela, pois ela é o teu bote salva-vidas, e um dia, é ela qume te exaltará e te dará forças para seguir de cabeça erguida.
Durante muito tempo sentirá teu coração em arrapos, na cabeça o peso da falta dos sonhos mais puros e dos sorrisos. A dor dos sentimentos irá dilacerar a tua carne, ofertas tentadoras adoçarão os teus olhos e cederá se fores fraco. Se fores forte, saberás resistir às mais duras tentações e serás digno de melhores ofertas.
Após as provações, haverá várias cicatrizes na tua pele anestesiada pela cólera, os farrapos remendados de um coração que pede vingança e tem sede de carinho, uma alma tão seca quanto as folhas do outono.
Tua vida se resumirá em buscar algo que te ponha acima dos que te humilharam e te fizeram embriagar-se de feu. Quando estiveres no topo, verás todos os que clamaram por tuas lágrimas implorarem teu perdão, e então sentirás o sabor do mel, que se esvairá como água nas mãos abertas, pois já não será suficiente.
Teu coração já não clamará por sangue, mas por um motivo para pulsar. E se não o encontrares, tudo terá sido em vão. Apressa-te em motivá-lo, antes que ele afogue-se no feu.

A vida de Sangue&Alma

domingo, 15 de maio de 2011

Doce ilusão


Te vendo assim de longe
Tenho vergonha de falar
O que no meu peito se esconde
E me faz em ti pensar

Temo que seja ilusão
Não quero mais sofrer
Meu pobre coração
Agora só quer você

Não consigo entender
Como posso gostar assim
De alguém que acabo de conhecer
E que nem olha para mim

A vida de Sangue&Alma

domingo, 24 de abril de 2011

Fogos de artifício

Vão até o firmamento
E com um estampido
Explodem em contentamento
Mantendo o público entretido

Do mesmo ofício
Ocupa-se meu coração
Fogos de artifício
Ludíbrica profissão

Vejo minhas luzes
Expostas no pergaminho
Às vezes as cruzes
Que marcam meu caminho

A vida de Sangue&Alma

Filha

Minha doce e cândida flor
Realizaste o mais belo dos meus sonhos
E é a ti que dedico todo o meu amor

Minha linda pequena
Princesinha serena
És meu orgulho

Maior e divina bênção
Não somos mesmo sangue
Mas mesmo coração

Deus caprichou
Quando essa filha maravilhosa
De presente me enviou
Uma homenagem de
A vida de Sangue&Alma
à adoção, um ato sublime!

Lástima


Na aurora da minha vida anulei-me e vivi de acordo com o que esperavam de mim. Guardei todo desejo, anseio, dúvida, sentimento e pensamento que contradizia a marionete que eu era.
Ao meio dia, não suportei e meu coração transbordou, pondo fim àquela vida de mentiras. Fiz tudo o que tinha vontade, e tanta sede tinha, que exagerei, a gula falou mais alto que meus paradigmas. Então tornei-me insaciável. Eu não sentia o vento no rosto, o doce ou salgado, frio ou calor. Nada.
No pôr do sol só havia dor, culpa e um coração estraçalhado que contava apenas falhas, uma vida desperdiçada, sonhos jogados ao vento. Sentia-me banal, um rastro de impureza.
Agora a meia noite se aproxima. Lastimo não ter vivido dignamente, fui incapaz de dicernir verdade e farça. Rogo a todos que me perdoem pelo mal que lhes causei, apesar de não merecer misericórdia.
Em todas as minhas desventuras, tive a graça de não deixar decendentes, assim não passei adiante meus genes podres.
Mesmo depois de tudo o que fiz, ouso ainda desejar que as estrelas sejam piedosas em iluminar o caminho que ainda me resta, o qual seguirei sem mais companhias.

A vida de Sangue&Alma

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Confissão

Não sei ao certo por que sinto toda esta dor, nem sei se realmente sindo. Apenas dói.
Tua ausência sangra meu coração. Tento matar este sentimento, mas então você volta e meu sentimento vem à tona.
O que sentes por mim?Ao menos lembras que existo? Um dia, ainda morro de saudades, mas antes, preciso confessar-me, mesmo que não sintas o mesmo, eu quero dizer-te que o amo. Quería gritar para o mundo todo o que sinto, mas é melhor calar.Eu não deveria amar-te.

A vida de Sangue&Alma

A Dama da Morte

Hoje veio até mim uma bela mça trajada de preto, ela sorriu gentil e entendi que era chegada a minha hora, minh'alma já não pertencia ao meu sangue.
A moça estendeu-me a mão direita, segurei-a sem hesitar. Era fria. Ela levou-me em direção a uma luz branca qu me trouxe paz. Sem medo atravessei o portal, e então percebi que não era o fim, mas um recomeço.

A vida de Sangue&Alma

Néscio


Achai-vos superior a outro ser? Olhai para os teus atos e calai-vos, pois eles te condenam. Acha-te melhor que outras criaturas? Olha-te no espelho, o Senhor nosso Deus criou a todos, e aqui estamos não para ser servidos, mas para servir.
Pensas que podes condenar os atos do próximo? A primeira pedra deve ser atirada em ti, pois não estamos aqui para julgar. Purifica-te para tornar-te juiz e, quando o fizer, não julgará, ou tornar-te-há novamente um néscio.

A vida de Sangue&Alma

quinta-feira, 24 de março de 2011

Lua



Doce menina que vejo pela janela
Branca, tão pura e delicada
Exulberante e singela

Ora esconde-se de mim
Ora mostra-se inteira
Na sua glória marfim

Majestosa dama do céu
Ilumina-me com tua vida
E da minha tira o fel

A vida de Sangue&Alma

sábado, 19 de março de 2011

Carta de suicídio


" Para conforto do meu pobre coração estraçalhado, resolvi privar o mundo do desprazer da minha presença. Jamais encaixei-me neste quebra-cabeça social, nunca pertenci a lugar algum fora do meu casulo, da luz só tive trevas.
Não levarei comigo nem vestígio de mágoas, todos têm uma cruz, e não suportei a minha, acovardei-me ao descobrir que quem teve todo o meu amor apenas desprezou-me. A desilusão ceifou meus sonhos, de nada me servia uma vida seca.
Padeci do mal de amor, e só espero que o doce punhal seja apressado em levar minha lástima e que o Senhor encontre um lugar para minha alma covarde."

A vida de Sangue&Alma

sexta-feira, 18 de março de 2011

Solidão




Sublime é a solidão
Momento de entender
O que se passa no coração
Tentando não esmurecer

Lamentar e sofrer
Não é a questão
É querer viver
Com os pés no chão

Para solitários não há verão
Nem mesmo amanhecer
A vida corre em vão
Para o anoitecer

Solitários apenas têm a ilusão
De a vida cohecer
E nela padecerão
Para todo fenecer

A vida de Sangue&Alma

quarta-feira, 9 de março de 2011

Amor?



Amor, por que és, amor?
Por que clamas por mim?
Me trazes tanta dor
Mas não desejo teu fim

Enfeitiças-me até meu padecer
Mas és a minha luz
E sempre há de ser
Apesar da dor que me conduz

Meu coração da fênix tem a sorte
E dela não pode vencer
É fogo, e no fogo encontra a morte
Para das cinzas renascer

A vida de Sangue&Alma

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Olhos Profundos


A primeira vez que olhei nos seus olhos vi as estelas no firmamento, então olhei novamente e vi um gélido vazio. Olhando melhor, percebi suas cicatrizes, e olhando ainda mais fundo naqueles olhos azuis, entendi porque eram tão profundos. Não eram vazios, e sim cheios de dor, massacrasdos em um passado que o esquecimento docemente levou. Quizá um dia aquelas cicatrizes fossem apagadas e todo aquele ressentimento subastituido pelo amor que seu pobre coração nunca conhecera.


A vida de Sangue&Alma

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Força X Sensibilidade


Eu queria se sempre forte
As lágrimas dispensar
Ser firme perante a morte
Impossível de abalar

Calcular todos os meus movimentos
Não ter nenhuma fraqueza
Controlar meus sentimentos
Desconhecer a tristeza

Mas sería insenssivel
Seca, desalmada, sozinha
Sensata, mas terrível

Prefiro ser a idiota amável
Incapaz de conter as lágrimas
A ser a poderosa lastimável

A vida de Sangue&Alma

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Lágrimas



Dor e trsiteza poluem a alma
Tiram a paz e o sono
Mandam para longe a calma
Nos sentimos em profundo abandono

Então vem as lágrimas
Varrem todo o sofrimento
Lavam as lástimas
Limpam os maus pensamentos

Palavras do seu coração
A mais pura expressão
Simples, verdadeira
Liberdade derradeira

Nem sempre são de dor
Às vezes de felicidade
Não precisam de pudor
Só simplicidade

A vida de Sangue&Alma

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Até as flores morrem


A paixão é uma flor de tão bela, é fogo indomável. O que fazer senão vivê-la? Ceder aos seus encantos como se não houvesse um amanhã, entregar-se a ela sem pensar em consequências, viver um sonho de verão, desejar que um momento seja eterno.Mas não é.
A beleza acaba, o fogo apaga, os encantos somem, chega o outono e desperta-se do sonho, o momento se vai. Mas por quê? Porque esse sentimento arrebatador tem fim?Por que até a mais bela das flores morre.
Paixão é fogo de palha, eclipse, o aqui e agora, o caos que faz bem, uma chuva de verão, e depois que passa deixa boas lembranças, talvez algumas ruins, mas foi eterno enquanto durou. Acabou tão rápido quanto começou. Porque até as flores morrem.

A vida de Sangue&Alma

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Você



Quem é você
Que vive em meus pensamentos?
Quem é você
Que não demonstra sentimentos?

Quem é você
Que perturba minha mente?
Quem é você
Sempre tão indiferente?

Meu coração
Quer te ver
A razão
Quer te esquecer

Há muito te conheço
Mas de ti nada sei
Será que não mereço
Ter quem sempre amei?

A vida de Sangue&Alma

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Infantil realidade

Por que choras doce criança?
Onde deixaste tua esperança?
Ainda guardo o teu sorriso na lembrança

Tuas lágrimas partem meu coração
Toda essa ira perde a razão
E afoga-te em profunda solidão

Volta a tua tranquilidade
Mostra-me toda a serenidade
Desta infantil realidade

A vida de Sangue&Alma