Certo dia parei para observá-la e notei que, mesmo que eu insista em negar, ela é bonita.
Eu fitava-a com seu fones de ouvido, cantando baixinho e pude notar além de seus olhos que estava triste, mas divertia-se com a música que poderia embalar seu pranto.
Vez ou outra lançava-me um sorriso infantil, doce, contrário aos sentimentos que calejava-lhe o coração.
Aquele sorriso... Um de seus tantos paradoxos que me confundem a todo instante, bem como sua generosidade egoísta.
Numa simplicidade complexa a infância e a maturidade coexistem em seu ser. Ela tem pétalas perfumadas juntamente aos espinhos e é de uma realidade onírica.
Eu ainda a observo. Nem sempre posso enxugar seu pranto, mas sempre poderei oferecer a mão para levantá-la.
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