Em uma manhã de outono, ela sentou-se sozinha em meio as folhas caídas, seu olhar perdeu-se no horizonte e um sorriso bobo desenhou-se lentamente em seus lábios rosados. O pensamento flutuava, cada vez mais distante.
Seu coração descrevia cada detalhe das lembranças açucaradas, cada gesto daquele que liquefez sua solidão. Os olhos escuros e serenos por detrás dos óculos, um sorriso tímido, uma voz grave e displicente e a mão esquerda que lhe escrevia doces palavras. Ela tinha seu amor, mas não sua presença física. Jamais sentira seu abraço.
O sorriso da jovem oscilou, mas segundos depois voltou a brilhar com mais intensidade, seu objetivo tornava-se cada vez mais nítido no rosto.
Ela levantou-se confiante, com a certeza de que o lugar de seu coração era junto ao dele, unidos de tal forma que deixariam de ser dois para ser um.
A vida de Sangue&Alma
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